Monday, December 27, 2010

O Primeiro Sinal Público (2 Reis 2.15-22)

Continuacao do estudo em Eliseu: salvação para todos, em nome do SENHOR.

De fato, a transição ministerial de Elias para Eliseu antecipa uma outra. Há vários detalhes coincidentes. Tanto João Batista quanto o SENHOR Jesus foram recebidos com reservas e resistências, especialmente por parte das ordens religiosas instituídas. Muitos não creram na pregação do SENHOR, pois afinal duvidaram de sua autoridade, e mais, não a reconheceram como divina. Profetas de Deus, por vezes, são questionados. Eliseu foi aceito, no entanto, a sombra de Elias ainda estava presente.
Eliseu havia recebido o poder para a carreira profética, o manto de Elias já estava em suas mãos. Entretanto, mesmo as testemunhas oculares da passagem miraculosa de Elias e Eliseu pelo Jordão, e do retorno solitário de Eliseu, também miraculoso, ainda esperavam por Elias. Os cinqüenta discípulos dos profetas tinham sido informados que o SENHOR tomaria ao seu servo Elias, porém desejavam ver para crer, ou, talvez, investigar para então aceitar a sua partida. A despeito de terem reconhecido a Eliseu como o legítimo sucessor,  a ponto  de prostrarem-se diante dele, ainda  esperavam descobrir o paradeiro do velho profeta. A localização exata de Elias, em seus anos de ministério itinerante, sempre havia sido misteriosa; suas rotas, imprevisíveis. Talvez, também por essa razão, os cinqüenta homens tenham pensado que Elias, ou pelo menos o seu corpo, bem poderia estar escondido: “Nalgum dos montes ou nalgum dos vales”.  Eliseu sabia que havia certa incredulidade e mesmo ignorância, e que qualquer operação de busca seria mais do que desnecessária, seria, de fato, fútil e inútil. Eliseu procurou dissuadi-los; os discípulos, no entanto, foram bem teimosos. Por fim, Eliseu consentiu com as várias insistentes solicitações. Reflitam a respeito.
Os enviados voltaram após três dias de buscas e encontraram Eliseu a espera deles, ainda em Jericó. Depois da missão frustrada, os jovens profetas ainda precisaram ouvir as palavras do novo “Pai dos Profetas”: “Não vos disse que não fôsseis?”
Ainda em Jericó, o profeta Eliseu foi procurado pela população da cidade. Um desafio de grandes proporções nos primeiros dias de sua ação profética o aguardava. Ele não era mais o segundo homem de Deus a ser procurado, era então o primeiro a ser buscado para revelar a vontade e o poder do alto. Jericó tinha, por sua localização,  muitos recursos naturais, inclusive hídricos, já que estava situada em uma área fértil do Vale do Jordão. De qualquer forma, as águas de uma fonte, aparentemente principal, tinham se tornado más. Possivelmente, quando usadas para irrigação na agricultura ou mesmo para hidratação na pecuária, em vez de garantirem sobrevivência, determinavam morte. Obviamente,   havia riscos consideráveis para todos os moradores que desejavam se beneficiar das águas do manancial.
A solução apresentada pelo profeta traria cura substancial, por meio de uma ação pedagógica. Ele solicitou um prato novo, uma escolha significante e também sal, algo inusitado. Meditem bem! Ainda que na história de Israel, nas prescrições levíticas, sal garantisse preservação e pureza, a idéia de usar sal nas águas, pelo menos a princípio, não pareceria conveniente, afinal elas poderiam ficar piores e não melhores.    Águas salgadas não são tragáveis! Mas, por meio do poder de Deus, o procedimento atípico trouxe o resultado tão esperado, e não para um dia, nem para uma estação, mas para o futuro. Eliseu usou a forma profética clássica em seu pronunciamento: “Assim diz o SENHOR: tornei saudáveis estas águas; já não procederá daí morte nem esterilidade.”
O primeiro milagre dos muitos do ministério do profeta Eliseu, teve mesmo um claro caráter simbólico. Foi, portanto, um verdadeiro sinal.     As águas más e as terras estéreis significavam a condição espiritual do Reino de Israel; em seus limites, a morte era a conseqüência óbvia da contaminação e poluição geradas pela idolatria e infidelidade prevalecentes. A condição do mundo hoje é ainda mais alarmante, “o mundo inteiro jaz no Maligno”. Mas, o SENHOR Jesus, sim Ele mesmo, é quem lança no mundo o sal presente em sua Igreja, para promover cura, purificação e para garantir algum sabor vital às relações humanas que apodrecem rapidamente. “Vós sois o sal da terra." Conversem seriamente a respeito. “O sal é certamente bom; caso porém, se torne insípido, como restaurar-lhe o sabor?
O profeta Eliseu, “Deus é salvação”,  novo ‘Pai dos profetas’ começou anunciando que a cura, a restauração, e a salvação pertencem ao SENHOR, nunca a falsas dividandes, nunca a Baal. A acão purificadora, permanente de Deus na fonte de Jericó seria um memorial eterno que apontaria para o poder do único que estabelece e reestabelece a sua criação, livrando-a da improdutividade e da promiscuidade. Deus está incansalvelmente propondo vida em um mundo sentenciado à morte.
Águas purificadas pelo Poder purificador. Eliseu, e sua mensagem: Salvação para todos, em nome do SENHOR. 
Ernesto Ferreira Jr.

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